O termo "Inteligência Emocional" está explodindo em diversos textos pela internet. Hoje é muito fácil você digitar este termo no buscador e encontrar centenas de milhares de páginas falando sobre. E isso se deve ao fato de que nos últimos 20 anos, isto é, no fim do século XX e início deste novo século, os estudos científicos sobre emoção têm alcançado resultados vistos, a "olhos nus".
Explico:
Literalmente é possível ver o cérebro em funcionamento graças às novas tecnologias que permitem a obtenção de imagens do nosso cérebro. O que essas tecnologias fazem é tornar visível o que antes era um mistério para nós, humanos, isto é: como as células do nosso cérebro atuam no momento que estamos pensando, sentindo, imaginando, sonhando, vivenciando certas experiências, etc.
Essa "visão" nos permite entender melhor, por exemplo, como centros nervosos nos levam à raiva ou às lágrimas, como partes do cérebro são incitadas para guerrear ou amar, como nosso cérebro reage quando recebemos atenção e afeto ou quando somos ignorados.
Mas por que isso é tão importante?
Acontece que o estudo sobre as emoções, sentimentos, nossa vida mental como um todo, por muitos anos na história das ciências humanas, foi ignorada pelas pesquisas, até mesmo pela principal ciência interessada sobre o tema: a Psicologia. Isto é, mesmo a psicologia não foi capaz de explorar tanto as emoções, mas com o avanço tecnológico o tema, a pesquisa, a abordagem sobre, tem se feito muitos progressos nessas duas últimas décadas, como jamais fora feito antes.
Aliás, nos últimos 10 anos, vocês já devem ter notado que houve uma mudança nas corporações, empresas, instituições, etc., a respeito de quais qualidades, por exemplo, uma pessoa precisa ter para conseguir um trabalho em determinada função. Até pouco tempo o "Quociente de Inteligência" (QI) era o mais importante. Para a seleção de um cargo o candidato realizava uma prova escrita, falar uma segunda língua era fundamental até para cargos onde não se conversa com nenhum estrangeiro, saber o mínimo de matemática e português era importantíssimo (a considerar que algumas profissões você se quer toca numa caneta ou papel), e fatores que hoje são valorizados eram ignorados, quase que, completamente. Tipo o que?
Tipo: Antes as qualidades eram: capacitação técnica específica, visão global, estar bem informado, facilidade com tecnologia, internet e redes sociais, idiomas (inclusive um bom português), educação continuada, e alguma especialização técnica ou superior na área específica de atuação.
Claro que essas qualidades continuam a serem desejadas e são importantes.
Mas atualmente, algumas "novas" qualidades passaram a ter importância, como: atitude positiva, facilidade de comunicação, honestidade e integridade (há empresas que até fazem testes na entrevista para ver reações dos candidatos), flexibilidade e adaptação, habilidade para gerenciar, etc.
Podemos listar alguns (3) desses pontos (para não ficar muito extenso) e ver onde a inteligência emocional influência:
• Atitude positiva: não é algo que acontece consigo, mas sim da forma como decide interpretar o que está a acontecer. O exemplo, se você recebe um presente um automóvel antigo. A atitude positiva faz com que a pessoa decida interpretar o evento, isto é, poderá pensar que o automóvel é só uma lata velha ou pode pensar que é um clássico ou um transporte barato. Veja que essa atitude para empresas é valorizada, pois aquele que tem atitude positiva encontrará no "ruim" o melhor uso possível.
• Flexibilidade de adaptação: A pessoa está acostumada a realizar algum tipo de tarefa e, de repente, a forma de realizá-la muda completamente, ou a pessoa muda de setor cujas atividades são diferentes. E não só isso, o novo setor o grupo de funcionários não é o mesmo de antes. A capacidade para adaptar-se então passa a ser importante, pois assim a empresa não tem problemas de encontrar novos funcionários sempre que precisar mudar a composição da equipe.
• Capacidade para gerenciar: Não se trata só de uma habilidade para quem vai assumir um cargo de gerente, pelo contrário, poderá ser útil para todo e qualquer cargo, pois implica em: fazer com que as coisas sejam executadas (planejar, manter o foco, manter o impulso e fazer com que aconteçam); descobrir o que está acontecendo (se funciona, se não funciona e por que disso ou daquilo); reagir a situações e novos problemas que surgirem; e responder às demandas e solicitações com eficiência.
Estes foram apenas exemplos de conteúdos a serem abordados e também sobre a temática de inteligência emocional. Esta categoria será para "navegarmos" mais sobre a arquitetura emocional do cérebro, que explicam aqueles momentos desconcertantes de nossas vidas, quando o sentimento esmaga toda a racionalidade e se sobrepõe, compreender a interação entre as estruturas do cérebro que faz nós sairmos de um momento de ira e medo ou paixão e alegria. Saber mais sobre hábitos emocionais adquiridos desde os primeiros anos de vida e que até os dias atuais ainda representam um peso em nossas decisões que vão além do racional e lógico.
E para finalizar, também pretendo entrar em temas sobre oportunidade para moldar os hábitos emocionais e assim mudarmos de comportamento, de vida, de ajudar a melhor educar nossas crianças desde cedo a respeito de algo que nós não tivemos oportunidade: aprender sobre nossos sentimentos.
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